Circuito Master de Natação Paulo Caju, etapa Cláudia Nobre, reúne referências do esporte e apresenta encontro de gerações na ‘piscina’

FOTOS: ANTONIO LIMA/SEJEL

A experiência dos anos 70, bem como o ciclo de gerações na água, marcaram o Circuito Master de Natação Paulo Caju, etapa Cláudia Nobre, que ocorreu neste sábado, 27, na Aquática Amazonas, localizada na Av. Efigênio Salles, s/n – Aleixo. Ao todo, participaram do evento 60 atletas, que em sua maioria contribuíram para a história da natação amazonense no passado e que até hoje são referências no esporte.  A competição recebeu apoio da Secretaria de Estado de Juventude, Esporte e Lazer (Sejel).

A grande homenageada da etapa, Cláudia Nobre, foi uma das que brilhou. A nadadora fez jus à sua história que iniciou em 1975 e conquistou depois de anos de aposentadoria das piscinas os 50m costas e 50m peito. O retorno não poderia ter sido melhor e emocionou a eterna atleta, que ainda dividiu as braçadas com antigos amigos e com a filha, Isabelle Nobre.

“Hoje é um dia maravilhoso para mim e que não consigo nem descrever direito por conta de tanta felicidade. Vejo aqui amigos que fiz logo quando iniciei a natação e isso é maravilhoso, tem o Alexandre Anelo, o professor Taner Teixeira, o Mário Quadros, a Clícia Batista, Tatiane Peixoto, Isolda Prado, Jefferson Mascarenhas, e tantos outros que batalharam muito anos atrás para representar bem o nosso Estado. Além disso, tive a alegria de disputar a minha categoria (50/54 anos) e nadei junto com atletas de outras categorias, inclusive minha filha. Foi incrível”, destacou a recordista das Olimpíadas Industriais do Amazonas.

Seguindo os passos da mãe, Isabelle Nobre também fez bonito e faturou os 50m costas ao finalizar em 36seg80, pela 20/24 anos. Comemorando ao lado de Cláudia o resultado, ela conta que estava afastada da natação por quase um ano, devido problemas de saúde, e voltou a praticar a modalidade há cinco meses e agora já mira nos principais circuitos locais e nacionais.

“Eu estou muito feliz por tudo que aconteceu nesta homenagem. Isso daqui trouxe a minha mãe de volta para a natação e fez a minha família toda se voltar para celebrar este dia com ela. Posso dizer que ela é uma inspiração. Estou até hoje na natação muito por eu amar o esporte, mas também pelo incentivo dela. Eu estava parada, devido estar cuidando da minha saúde, mas agora voltei e já tenho alguma metas. Participei do Leônidas Marques, do Graduados, e agora quero me voltar totalmente ao calendário”, afirmou Nobre.

E se a intenção era colocar todos os conhecidos para nadar, o filho da homenageada, o atleta Igor Nobre, também reviveu as braçadas nas piscinas e participou do Circuito Paulo Caju. O jovem, que iniciou na natação, mas que enveredou para o polo aquático, relembrou os velhos tempos e ficou na primeira colocação após cravar 28seg53 nos 50m livre. “Eu comecei muito novinho com a minha mãe na natação, mas com os anos passei a ser do polo aquático. E hoje eu não poderia deixar de prestar essa homenagem para a minha mãe e acabei vendo que não estou tão enferrujado assim”, brincou o atleta.

Pódio

Lenda viva da natação amazonense, Jefferson Mascarenhas iniciou no esporte em 1977 e até hoje compete as provas mais importantes do calendário local. Como não poderia ser diferente, ganhou neste sábado mais uma medalha de ouro para sua coleção, depois de faturar a Master G (50/54) pelos 50m livre em 27seg72, deixando para trás Mário Jorge Quadros, que ficou em segundo por 31seg97. Além disso, Mascarenhas ainda abocanhou os 50m borboleta com o tempo de 29seg60.

“Eu gostaria de ter melhorado meu tempo, mas considero que pela emoção do evento, por tudo o que ele representa para nós, no sentindo de lembrança, eu consegui fazer boas provas e, principalmente, aproveitar cada segundo com tantos amigos que a natação me deu, incluindo a Cláudia, com quem tive a honra de participar várias vezes da Almirante Tamandaré e, numa delas, no mesmo ano, fomos campeões, se não estou enganado ela com 14 anos e eu com 13. Por tudo isso, eu não poderia estar mais feliz”, destacou.

Diretamente de Brasília para participar do Circuito Master em Manaus, Alexandre Anelo abocanhou os 100m medley (02min33seg63) e ficou em segundo nos 200m livre (30seg00), pela Master F (45/49). O paulista, que morou por muito tempo em Manaus, mora há quatro anos no DF e faz questão de voltar à terrinha baré para participar de competições daqui e rever família e amigos.

“Eu voltei para a natação ano passado e todas as vezes que tem o Circuito Master Paulo Caju eu tento vir, pois gosto das provas e me sinto bem reencontrando tantos amigos. Sou do tempo da Claudinha também e fiquei bastante satisfeito com os meus resultados. Agora volto para a Brasília e fico no aguardo da próxima competição, sempre treinando e focado”, disse.

Outra que se deu bem e ocupou o lugar mais alto do pódio foi Ana Clycia Batista, que venceu os 50m costa e 100m medley. Ela voltou à natação em 2016, este ano já participou da Maratona Aquática, que ocorreu na Ponta Negra, de 1500m, ocupando o primeiro lugar na categoria (44/49) e o sétimo na geral. Indo tão bem assim, ela não pensa em largar tão cedo a modalidade.

“Eu comecei na natação com sete anos de idade. Há três, inicie na corrida, mas devido lesões tive que parar. Assim, voltei a focar na natação novamente e me sinto ótima, com tudo, colocando novos desafios para mim e me superando. Meu desejo é este, conquistar cada vez mais bons resultados”, disse. 

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