ADVOGADO É ACUSADO DE AGREDIR ESPOSA GRÁVIDA EM MANAUS

FOTO: DIVULGACAO

Devido a brigas frequentes,  uma mulher, 27 anos,  grávida de nove meses que pediu para não ser identificada, cansada de ameaças e agressões verbais, denunciou o esposo na Delegacia Especializada em Crimes Contra a Mulher (DECCM), nesta sexta-feira (17). O que encorajou a gestante a procurar ajuda e a registrar boletim de ocorrência, foi uma ameaça assustadora. Embriagado, ele afirmou, conforme gravação, que vai tirar a filha da própria mãe, deixar a mulher sem nada e, ainda, enfatiza a baixa escolaridade da vítima. Ela contou ao EM TEMPO que está com o psicológico abalado, devido as circunstâncias na qual está vivendo

"Há um ano ele me agrediu fisicamente. Sofri mas perdoei. Outra vez ele rasgou minha roupa. No início da gravidez, ele passou a me agredir verbalmente, falando que sou burra, que eu nunca vou arrumar ninguém, que sou louca, que vai pegar a guarda da minha filha e coisas desses tipos. Quando ingeri bebidas alcoólicas ele grita", relatou a gestante.

O acusado é  A.M.T. de 32 anos, professor e atua como advogado em um escritório de Manaus e segundo a vítima, costuma ingerir bebidas alcoólicas com frequência. A mulher explicou que está no relacionamento há quatro anos e que o cônjuge sempre apresentou um perfil explosivo e violento. Entre idas e vindas do casal, eles decidiram morar juntos e foi na convivência familiar que vítima teve a certeza que o homem não mudaria este comportamento.

“No início costumávamos sair juntos para bares. Ele sempre bebeu bastante, mas ultimamente está passando de todos os limites. Nos últimos dias ele me expulsou de casa porque não aceitava a gravidez. Ele fala com ódio que a criança irá atrapalhar a vida dele", disse a denunciante.

Recomeço

Por volta das 11hs desta sexta (17), a vítima foi a DECCM onde recebeu o acolhimento das autoridades responsáveis. Ela registrou um boletim de ocorrência, unindo provas que comprovam sua história, e em virtude disso, um pedido de medida protetiva foi realizado. Otimista com a ação, a mulher deixou uma mensagem de encorajamento para as leitoras:

"Muitas mulheres que passam por isso, devem colocar na cabeça que não são ‘doidas’. Não é porque uma pessoa ocupa um certo cargo que ela pode lhe xingar, oprimir e ferir. Precisamos nos defender, tudo tem saída e tem um jeito", finalizou a denunciante.

Lembrete

Vale ressaltar que a Lei 11.340, conhecida como Lei Maria da Penha ampara, previne e coíbe violência doméstica e familiar contra mulher. A Lei Federal Brasileira visa punir com pena mínima de detenção seis meses para o infrator.

Fonte: Em Tempo

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