ESTADOS UNIDOS VOLTA COM A PENA DE MORTE APÓS 17 ANOS DE INTERVALO

                                                                       Reuters/Bryan Woolston

Uma semana que marcou o retorno da pena de morte pelo governo dos Estados Unidos depois de um intervalo de 17 anos terminou na sexta-feira com a terceira execução de um prisioneiro federal, de acordo com um repórter que serviu de testemunha da mídia.

Dustin Lee Honken, condenado por assassinato, foi declarado morto às 16h36 (17h36 no horário de Brasília), após injeção com um poderoso barbitúrico na prisão federal de Terre Haute, Indiana, disse a testemunha da mídia em um relato divulgado nos meios de comunicação.

Esforços do governo do presidente Donald Trump para retomar as execuções estavam em andamento desde a posse do republicano. Em poucos dias, o governo Trump concluiu o mesmo número de execuções dos 57 anos anteriores.

Os advogados dos condenados acumularam contestações legais, que incluíram argumentos de que o novo protocolo de injeção letal do Departamento de Justiça dos EUA viola uma proibição constitucional de punições cruéis e incomuns.

Esses argumentos foram rejeitados duas vezes nesta semana por 5 a 4 na Suprema Corte.

Honken, de 52 anos, era traficante de metanfetamina ilegal quando ele e sua namorada assassinaram cinco pessoas em Iowa em 1993, incluindo um informante do governo e duas meninas de 10 e 6 anos. Foi condenado em 2004.

Ele era um dos vários presos no corredor da morte federal em Terre Haute que disseram que o novo protocolo com uma substância, que substitui o protocolo com três substâncias usado pela última vez em 2003, causaria uma morte desnecessariamente dolorosa na qual os pulmões se afogariam em um fluido sangrento antes da perda de consciência.

Dois outros homens condenados por assassinato de crianças foram executados em Terre Haute nesta semana: Daniel Lee, 47 anos, na terça-feira, e Wesley Purkey, 68, na quinta-feira.

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