VELÓRIO DE MARADONA É ESTENDIDO EM TRÊS HORAS POR MEDO DE PROTESTOS

Velório de Maradona na Casa Rosada, sede do governo, começou às 6 horas

Ricardo Moraes/Reuters

Ainda com milhares de pessoas para dar o último adeus a Diego Armando Maradona, a família do ídolo argentino autorizou que o velório se estendesse em três horas, agora até as 19 horas (horário local e de Brasília). Um princípio de confusão marcou o início da tarde desta quinta-feira (26), na Casa Rosada, com uma provável tentativa de encerrar a fila de visitantes mais cedo.

Maradona começou a ser ver velado na sede do governo argentino ainda de madrugada, em uma cerimônia apenas para familiares e amigos próximos. Às 6 horas, os portões se abriram para que a multidão começasse a entrar no salão principal e ver o caixão, que estava coberto com a bandeira do país e uma camiseta do Boca Juniors, time pelo qual se consagrou. Segundo as autoridades, um milhão de pessoas poderia passar por ali.

O que se viu, no entanto, foi uma fila de três quilômetros para que as pessoas pudessem ver o caixão por apenas 15 segundos. Quando os policiais tentaram aparentemente encerrar a fila antes das 16 horas, o primeiro horário prevista, fãs se revoltaram e entraram novo confronto com a polícia — pela manhã, também havia tido confusão com os primeiros apaixonados, apressados para se despedir do ídolo. Desta vez, a polícia usou bombas de efeito moral e spray de pimenta para conter a multidão.

O temor era que o encerramento no horário previsto provocasse ainda mais tumulto. A fila que começava na Plaza de Mayo, em frente à Casa Rosada seguia até a avenida Nove de Julho.

Maradona, que morreu vítima de uma parada cardiorespiratória, será enterrado no cemitério Jardim da Paz, no bairro de Bella Vista, na periferia de Buenos Aires. Por lá, os pais do craque, Dalma e Don Diego, estão enterrados. A família pensou inicialmente em um sepultamento no fim de semana justamente para que mais pessoas pudessem acompanhar o velório.

Além de uma reação com a segurança, as autoridades sanitárias também estão em alerta em razão da pandemia do novo coronavírus. Apesar do uso obrigatório de máscaras e aferição da temperatura na entrada da Casa Rosada, não há como manter o distanciamento social. A Argentina até agora registrou 1.390.375 de casos e 37.714 mortes pela covid-19.

*R7

Nenhum comentário