PREMIADO, CURTA AMAZONENSE ‘O BARCO E O RIO' PODE VIRAR LONGA
Gravado em Manaus e em Cacau Pirêra, ''O Barco e o Rio'' ganhou os olhares nacionais com a produção totalmente amazonense
Manaus – Escolhido como Melhor Filme no Festival de Gramado, além de carregar um pesado currículo de premiações, o curta-metragem “O Barco e o Rio’’, dirigido pelo amazonense Bernardo Ale Abinader, tem a possibilidade de voar mais alto e se tornar longa-metragem.
De acordo com o diretor, o filme passa por uma etapa de estudos e planejamento para tornar esse desejo uma realidade, realizada com apoio do Concurso-Prêmio Manaus Conexões Culturais 2020 - Lei Aldir Blanc, na categoria audiovisual, promovido pela Prefeitura de Manaus e pelo Governo Federal.
Atualmente, o diretor participa do Laboratório de Cinema do Porto Iracema das Artes, no Ceará, realizado com a proposta de desenvolver as narrativas audiovisuais. Com duração de sete meses, o programa deve ser finalizado em junho de 2021, período em que Abinader deve trabalhar no roteiro de “O Barco e o Rio’’.
No projeto, também está incluso um vídeo propagando sobre o filme, que será apresentado em rodadas de negócios.
‘‘Estou bastante otimista em relação a conseguir os investimentos para o longa, sobretudo por conta dos prêmios em Gramado’’, comemorou.
Bernardo Abinader contou, ainda, que já existem investidores que demonstraram interesse em tornar o longa-metragem possível, mas que nada está definido.
O Barco e o Rio
O filme conta a história das irmãs Vera e Josi, donas de uma embarcação simples, herdada da família, e ambas possuem personalidades bem diferentes. Vera é religiosa e cuida do barco com esmero, enquanto Josi prefere beber com as amigas e se envolver sem compromisso com homens do porto.
As duas imaginam destinos diferentes para o barco e para a vida: uma quer vender a embarcação e a outra enxerga na herança o único sustento.
No elenco, Isabela Catão e Carolline Nunes interpretam as protagonistas, e foram alvo de inúmeros elogios por conta da crítica especializada e do público por onde passou.
A ficha técnica também conta com produção executiva de Hamyle Nobre, direção de fotografia de Valentina Ricardo, direção de arte de Francisco Ricardo, trilha musical de Heverson Batista, trilha sonora original e desenho de som de Lucas Coelho, montagem de César Nogueira e direção de produção de Keila Serruya, entre outros nomes.
Trazer a equipe original para o novo projeto é um dos desejos de Bernardo Abinader. “Se depender de mim, mantenho toda a equipe. Mas, como é preciso fazer muitos acordos de coprodução para fazer longa hoje em dia, a escolha da equipe não vai depender totalmente de mim, até porque será meu primeiro longa-metragem’’.
No circuito audiovisual pelo Brasil, o curta “O Barco e o Rio’’ foi destaque em 2020. Produzido pela Fitacrepe Filmes e Artes Cênicas, com o apoio do Edital Prêmio Manaus de Audiovisual, da Prefeitura de Manaus, as gravações ocorreram no Porto da Manaus Moderna e no Cacau Pirêra, trazendo diversos elementos regionais na trama.
A atenção nacional rendeu cinco premiações do tradicional Festival de Cinema de Gramado, em Melhor Filme; Melhor Direção; Júri Popular; Melhor Fotografia, por Valentina Ricardo; e Melhor Direção de Arte, por Francisco Ricardo Lima Caetano.
Abinader se mostrou emocionado a cada premiação vencida pelo curta produzido por uma equipe completa de amazonenses. “Fiquei muito feliz por todo mundo, a equipe toda é do Amazonas, o que ressalta que temos muito talentos que precisam ser valorizados’’, afirmou o diretor.
O cinema amazonense, agora, está na expectativa para mais um sucesso, com um trabalho que deve ser o primeiro longa-metragem de Bernardo Abinader.
Fonte: Em tempo
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