BEBÊ NASCE COM ANTICORPOS CONTRA COVID-19 APÓS MÃE TER TOMADO VACINA; VEJA



Segundo os cientistas, esse é "o primeiro caso confirmado de uma transmissão de anticorpos ainda no útero"

Um bebê nos Estados Unidos nasceu com anticorpos contra o novo coronavírus depois que sua mãe, uma profissional da saúde, recebeu a primeira dose da vacina da farmacêutica americana Moderna. O estudo preliminar, ainda não revisado por pares, aponta que a mulher foi vacinada três semanas antes do parto normal.

Segundo os cientistas, esse é “o primeiro caso confirmado de uma transmissão de anticorpos ainda no útero” e a situação comprova a eficácia da vacina – apesar de pedir cautela, uma vez que os efeitos da vacinação em mulheres grávidas ainda são desconhecidos. Não se sabe, também, quanto tempo os anticorpos do bebê devem durar.

“Demonstramos que os anticorpos IgG do Sars-CoV-2 são detectáveis em amostras sanguíneas do cordão umbilical de recém-nascidos após uma única dose da vacina da Moderna. Portanto, existe um potencial na proteção e na redução do risco de infecção pela covid-19 com a vacinação materna”, afirmam os cientistas no estudo.

Os pesquisadores pedem para que outros estudos sejam realizados com o objetivo de confirmar as descobertas.

Mas outras descobertas parecem corroborar com a constatação feita por eles.

No final de janeiro, um estudo publicado na revista científica JAMA Pediatrics, aponta que os anticorpos da covid-19 passaram da mãe para o bebê durante a gravidez. De acordo com os pesquisadores, quando uma mulher grávida é infectada, ela pode passar uma boa parte de sua imunidade natural para o filho. Essa transferência funcionaria com a ajuda da placenta.

A pesquisa sugere também que vacinar mulheres grávidas logo no começo da gestação pode ter efeitos melhores a longo prazo, mas os cientistas pedem cautela, uma vez que estudos sobre a vacinação durante a gravidez ainda não foram completados. Segundo os pesquisadores, quanto mais tempo existir entre a infecção e o parto, mais anticorpos são transferidos para o bebê.

Para chegar a essa conclusão, foram analisadas mais de 1.500 mulheres que deram à luz em um hospital na Filadélfia, Estados Unidos, entre abril e agosto do ano passado. Do total, 83 tinham anticorpos da covid-19. Depois do parto, testes mostraram que 72 recém-nascidos tinham os anticorpos necessários para prevenir uma infecção pela covid-19, mesmo quando a mãe não apresentava sintomas.

No entanto, os especialistas ainda não sabem se a quantidade é o suficiente para evitar o contágio nos bebês – e, porque apenas algumas das crianças eram prematuras, os cientistas não podem afirmar se um bebê que nasce mais cedo pode perder anticorpos. Mais pesquisas devem ser feitas para entender melhor como funciona a passagem de anticorpos de mãe para filho.

Fonte: Exame

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