CÂMERA NO VASO SANITÁRIO PODE AJUDAR A DETECTAR CÂNCER DE INTESTINO

 

OutSense/Divulgação

Um dispositivo semelhante a um desodorizador de banheiro pode ajudar a diagnosticar câncer de intestino. O aparelho de alta tecnologia se prende ao vaso sanitário para “escanear” as fezes em busca de vestígios de sangue, um dos principais sintomas da doença. Por enquanto, a pesquisa sobre o aparelho não foi revisada pela comunidade científica e, por isso, ainda não foi publicada em revistas especializadas.

O aparelho, chamado OutSense, conecta-se diretamente a um aplicativo, que deve ser instalado no smartphone do usuário. A câmera realiza a avaliação das fezes por meio de um processo denominado imagem óptica multiespectral, que gera comprimentos de onda de luz invisíveis a olho nu. O resultado é uma varredura 3D, que investiga a presença de manchas de sangue escondidas na matéria fecal e que, provavelmente, não seriam detectadas com facilidade.

De acordo com os fabricantes do aparelho, o mecanismo é capaz de identificar amostras de sangue escondidas nas fezes em nove entre dez casos. Uma das principais vantagens seria a possibilidade de compartilhar os resultados diretamente com especialistas médicos.

O aparelho também detecta sinais de infecção urinária (que pode indicar problemas renais ou infecção sanguínea), diarreia (causa de 1,5% das internações entre idosos com mais de 75 anos nos EUA), desidratação e constipação intestinal.

Além de manter uma espécie de histórico de acompanhamento dos usuários, o gadget também recomenda investigações mais detalhadas, como a necessidade de colonoscopia (exame feito com uma microcâmera para avaliar o reto, o cólon e o íleo terminal). A empresa desenvolvedora espera que o dispositivo seja aprovado no Reino Unido nos próximos dois anos.

Segundo dados do Cancer Research UK, detectar o câncer intestinal em suas primeiras fases pode significar um aumento significativo nas chances de sobrevivência do paciente. Mais de 90% das pessoas com a doença diagnosticada no estágio 1 sobrevivem após cinco anos, enquanto somente 10% dos que são diagnosticados no estágio 4 (quando o câncer já se espalhou) permanecem vivos neste mesmo período.


Metrópoles*


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