JOVEM TRANS FAZ CIRURGIA DE READEQUAÇÃO DE SEXO COM IRMÃ GÊMEA; VEJA O CASO



Mulher de 19 anos fez o procedimento na quarta-feira (10). De acordo com o médico José Carlos Martins Junior, a cirurgia durou cerca de 4h30 e não teve intercorrências. Irmã deve deixar a unidade de saúde no domingo (14).


Uma das gêmeas que passou por uma cirurgia de readequação de sexo em um hospital de Blumenau, no Vale do Itajaí, durante a semana deixou o hospital neste sábado (13). A jovem de 19 anos, assim como a irmã, nasceu com o sexo biológico masculino e discutia a transição para o feminino desde antes da maioridade.
Ela fez o procedimento na quarta-feira (10). De acordo com o médico José Carlos Martins Junior, a cirurgia durou cerca de 4h30 e não teve intercorrências. A outra irmã, que foi operada na quinta (11), deve deixar a unidade de saúde no domingo (14).

Segundo Martins, que é especializado em cirurgia trans, as jovens serão acompanhadas pela equipe médica pelo próximos 14 dias para continuarem o tratamento.

"Todos os dias a gente vai fazer dilatação vaginal e, depois do 14º dias, elas estão liberadas para a cidade de origem e a gente vai acompanhá-las via telemedicina. Depois de mais ou menos entre seis e oito meses elas voltam para a cidade e, uma vez por ano, elas fazem consulta com a gente ou com algum ginecologista que a gente vai indicar", contou.
Segundo o hospital, as pacientes passaram por acompanhamento psicológico e orientações médicas. As duas começaram o tratamento hormonal por volta dos 15 anos.

Antes de ser submetido à cirurgia, o paciente precisa passar por acompanhamento multidisciplinar por cerca de dois anos. As gêmeas fizeram a cirurgia pela rede particular, mas o procedimento é disponível pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

Dos cinco hospitais públicos brasileiros que prestam esse serviço, nenhum fica em Santa Catarina. A espera no país para iniciar o processo pode levar até cinco anos.


Legislação

Conforme mostra o vídeo abaixo, em 2020 novas regras para a cirurgia de transição de gênero foram aprovadas pelo Conselho Federal de Medicina (CFM). A resolução amplia o acesso à cirurgia e também ao atendimento básico para transgêneros.

A norma reduziu de 18 para 16 anos a idade mínima para o início de terapias hormonais e define regras para o uso de medicamentos para o bloqueio da puberdade. Procedimentos cirúrgicos envolvendo transição de gênero estão proibidos antes dos 18 anos. Antes era preciso esperar até os 21 anos.

Fonte: G1 SC

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