LULA
AMNÉSIA POLÍTICA PARA SE ELEGER
Líder nas pesquisas, o ex-presidente tece críticas políticos
do Centrão esquecendo que ele se aliou em 2002 ao grupo que hoje está
encastelado no governo Bolsonaro e responsável por atos de corrupção evidenciado
nos escândalos do Mensalão e da Lava Jato nos governos do PT
Esquecer aliança com Centrão |
Nesta quarta-feira, Lula reuniu veículos da mídia independente ou alternativa, segundo ele para uma entrevista. Pelo teor das perguntas, nota-se que boa parte dos entrevistadores são simpáticos à sua candidatura.
Lula se sentiu à vontade na conversa/entrevista com
perguntas fazendo escada para seu discurso com críticas ao seu principal
adversário, o presidente Jair Bolsonaro (PL) candidato à reeleição, ao ex-juiz
Sérgio Moro, aos militares que estão no Governo. Até aí tudo bem.
Mas em duas oportunidades, Lula foi desonesto em sua fala, a
afirmar que o “Centrão” é o que de pior existe no cenário político brasileiro.
Neste momento, o ex-presidente e pré-candidato, foi tomado
de amnésia, fato que não confrontado pelos seus “entrevistadores”.
Lula demonstra que no seu passado de candidato à Presidência,
quer empurrar para debaixo do tapete político, as alianças com o Centrão em sua
campanha eleitoral ao ter como vice, o empresário José Alencar indicado pelo
PL.
Critica a aliança de Bolsonaro com os partidos que integram
Centrão que tornou o atual presidente, refém do Congresso, perdendo autonomia
na elaboração e aprovação do Orçamento.
Ora, o que ocorre com o atual desgoverno, foi o mesmo que
sucedeu em seus dois governos liderados pelo petista. Fez aliança com Centrão
em troca de apoio ao Congresso.
O ex-presidente Lula deseja que seu eleitorado esqueça alianças
feitas com o presidiário e dono do PTB, Roberto Jefferson, condenado no
processo do Mensalão do PT e que levou para a cadeia a maioria dos cardeais petistas
em 2006, como José Dirceu, José Genoíno, dentre outros. Hoje o boquirroto Roberto
Jefferson é um dos próceres do Centrão aliados de Bolsonaro. Outro ex-aliado de
Lula, senador Ciro Nogueira do PP que em 2018, teceu uma série de elogios
chamando-o de estadista, hoje é ministro de Bolsonaro, embora o tenha tachado
de fascista em 2018. Para não me alongar muito, tem ainda o dono do PL, partido
que abriga Bolsonaro, Waldemar Costa Neto outro ex-presidiário do Mensalão.
Em nome da governabilidade no Congresso, Lula estabeleceu
alianças com partidos do Centrão loteando cargos públicos e verbas, de onde
Mensalão e Lava Jato, trouxe à tona inúmeros casos de corrupção e desvios de
bilhões dos cofres públicos, com dezenas de presos desfilando sob escolta da
Polícia Federal.
Ou seja, Lula não tem moral para criticar o Centrão. Ainda
mais quando se sabe que ele próprio vem negociando apoio com integrantes deste
agrupamento, com vistas a eleição, já relatado pela imprensa. Os próprios
líderes dos partidos ávidos por cargos e verbas já sinalizaram pular do barco
do bolsonarismo, caso o atual presidente não melhore sua posição nas pesquisas
até o fim de março.
Falta ao ex-presidente, a modéstia em reconhecer perante a
Nação os erros cometidos no passado. Sobra-lhe a arrogância em não admitir
autocrítica.
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