EM DESPEDIDA, BRASIL GOLEIA O CHILE NO MARACANÃ EM NOITE DE AFIRMAÇÃO DE VINI JR E REDENÇÃO DE NEYMAR

Foto: Diogo Dantas

Na última apresentação em solo nacional antes da Copa do Mundo, o Brasil venceu o Chile por 4 a 0 em um Maracanã lotado, com direito a redenção para Neymar e afirmação para o jovem Vini Jr.

O encaixe levou algum tempo, mas o quarteto mágico que foi novidade no ataque organizado por Tite disse a que veio. Ao lado de Antony e Paquetá, Neymar e Vini foram os grandes protagonistas da seleção no reencontro com a torcida carioca, um gol para cada um. Philippe Coutinho e Richarlison completaram.

Foi a primeira vez que Vini Jr, hoje jogador do Real Madrid, balançou as redes pelo Brasil, depois de 12 partidas, quatro como titular.

Menos aplaudido apenas que Neymar antes de a bola rolar, o cria do Flamengo se transformou na grande atração para as arquibancadas ao lado do camisa 10. E teve papel importante contra uma defesa muito fechada.

Já Neymar, que abriu o placar de pênalti, viveu noite de muito apoio e conexão com os torcedores após eliminação do PSG na Liga dos Campeões. Interagiu, brigou, dançou e conduziu o Brasil a mais uma vitória nas Eliminatórias cuja classificação já está garantida.

Na próxima semana, o Brasil encara a Bolívia, na altitude de La Paz, sem Neymar, suspenso.

O jogo

Diante de quase 70 mil pessoas, a seleção brasileira de um modo geral foi recebida de braços abertos no Rio. Embora na escalação tenha havido vaias para Tite, os jogadores tiveram todo o apoio. Principalmente Neymar, Vini Jr e Paquetá.

Com a bola em jogo, a ideia era atrair o público com um estilo agressivo. Funcionou. Em um esquema 4-2-4, o Brasil atacava com um linha formada por Vini Jr, Meymar, Paquetá e Anthony. Que tinha a aproximação de Fred pela direita e Arana na esquerda. Sem a bola, bastou uma uma saída de três com um dos laterais, já que o Chile pressionou pouco.

Neymar conseguiu buscar a bola no meio para criar mais livre, progredindo em velocidade. A ideia de ter o camisa 10 como falso nove era teórica, pois na prática Paquetá foi quem ocupava o espaço como referência a maior parte do tempo.

A dinâmica fazia com que os dois jogadores revezassem as posições para gerar espaços por dentro. E foi pelas pontas, com Vini Jr e Anthony, que as melhores jogadas começaram a aparecer. Mas o Chile se fechava bem, com oito jogadores cercando a área.

Na primeira boa chance, Vinicius Jr deu uma bola para Neymar chegar de trás, o camisa 10 errou o domínio e recuou para o goleiro. O ponta achou outra vez bom passe pra Neymar dentro da área, mas Bravo abafou.

Foi preciso que Neymar sofresse pênalti de Isla para abrir a porteira. O craque marcou o gol, e minutos depois, fez corta-luz em passe de Antony que achou Vini livre na diagonal. Foi tocar na saída do goleiro de perna esquerda e se emocionar.

No segundo tempo, o Chile ensaio uma reação, mas o gol de Vidal foi anulado pelo VAR. O Brasil se manteve melhor e mais agressivo, e ampliou depois de bela jogada de Antony. O atacante recebeu de Neymar e tentou encobrir Bravo, mas foi derrubado na área. Pênalti que Coutinho, opção no lugar de Paquetá na etapa final, converteu.

Tite aproveitou para fazer mais alterações, enquanto a defesa se manteve sólida e os atacantes com fome de gol. Richarlison, que entrou bem, ainda teve tempo de fazer o dele nos acréscimos.

*Extra

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