ABORDAGENS SOCIAIS SÃO INICIADAS PARA IDENTIFICAR VENEZUELANOS EM SITUAÇÃO DE TRABALHO INFANTIL OU MENDICÂNCIA NAS RUAS

Venezuelanos refugiados em Manaus vivem em barracos próximo da rodoviária da cidade. — Foto: Patrick Marques/G1 AM




Tiveram início nesta sexta-feira (23) abordagens sociais destinadas aos venezuelanos que vivem em vários locais públicos de Manaus. O objetivo da ação é fazer o mapeamento de famílias venezuelanas em situação de trabalho infantil ou mendicância. A atividade segue até o dia 27 de setembro.'

No decorrer da ação, serão abordadas famílias venezuelanas migrantes/refugiadas, indígenas e não indígenas que se encontram em vários locais públicos da cidade. Serão verificados se os adultos têm a documentação básica, como identidade, CPF, carteira de trabalho, entre outros. Com relação às crianças, será verificada a questão do registro de nascimento e do cartão de vacinação.

O trabalho é realizado pela Secretaria de Estado da Assistência Social (Seas), por meio do Departamento de Proteção Social Especial (DPSE) e faz parte da Operação Acolhida, realizada pela Força Nacional, em conjunto com as instâncias representativas do município e do estado.

Além disso, conta com a parceria da Secretaria Municipal da Mulher, Assistência Social e Cidadania (Semasc) e Organizações da Sociedade Civil (OSCs). A intenção dos órgãos envolvidos na ação social é identificar essas famílias e onde estão, e ajudá-las a ter acesso a alguns direitos básicos.

A diretora do DPSE, Leticia Borel, disse que a intenção é mapear 100% do público venezuelano migrante não indígena e indígena no período estipulado, considerando pais ou responsáveis por crianças e adolescentes em situação de trabalho infantil, e encaminhá-los à rede de proteção.

"A partir daí serão feitos os encaminhamentos cabíveis, objetivando a proteção e garantia dos Direitos das Crianças e Adolescentes conforme legislação brasileira vigente", disse.

Foram identificados alguns locais estratégicos em diferentes zonas da cidade de Manaus, onde se tem conhecimento da incidência de trabalho infantil praticado por migrantes/refugiados venezuelanos, sendo apresentados os serviços ofertados pela rede intersetorial, identificação das demandas, orientações e encaminhamentos pertinentes.

Em um segundo momento, será feita a tabulação de dados pela Vigilância Socioassistencial – Seas/Semasc. Por fim, será feita a leitura dos dados e construção do relatório avaliativo final da referida ação conjunta para os devidos encaminhamentos.

Os locais que há grande incidência de imigrantes venezuelanos foram todos mapeados como pontos estratégicos para que não haja sobreposição de ações.

A diretora destacou ainda que o primeiro elo de diálogo é com a assistência social, por ser a porta de entrada, mas após a coleta dos dados, serão feitas tratativas maiores, que são as articulações para tirar documento de quem não tem, de modo que possa ser inserido no mercado de trabalho; articulação sobre a saúde, haja vista que muitos precisam tomar as vacinas para proteção biológica satisfatória.

"Toda a rede de proteção precisa ser acionada para propiciar a proteção necessária aos imigrantes venezuelanos, de modo que eles possam sair dos sinais de trânsito", sintetizou.

Fonte: G1 AM


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