TÓQUIO-2020: BRASIL TEM 152 VAGAS GARANTIDAS E ESPERA CHEGAR A 250

Ítalo Ferreira venceu Gabriel Medina na decisão no Havaí Foto: Kelly Cestarii/WSL/Divulgação

Começou o ano olímpico. Faltando pouco menos de sete meses para as Olimpíadas de Tóquio, o Brasil inicia 2020 com 152 vagas garantidas na maior competição esportiva do planeta. A conta, claro, ainda não está fechada. Há ainda chance de classificação em pré-olímpicos, Copas do Mundo, via ranking mundial ou por índice.

No Rio, em 2016, o Brasil, como era sede do evento, teve delegação recorde, com 465 atletas. O Comitê Olímpico do Brasil (COB) calcula uma delegação com cerca de 250 atletas para a edição japonesa.

Atletas da natação, por exemplo, terão o Troféu Maria Lenk, em abril, para confirmar os índices estabelecidos pela Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA). O COB conta, até o momento, com 12 vagas, por causa dos revezamentos (4x100m livre, 4x200m livre e 4x100m medley, todos no masculino), mas não incluiu na lista as provas individuais. No hipismo, o país perdeu a chance de levar uma equipe de adestramento (terá de CCE e saltos) porque, mesmo com o bronze no Pan de Lima-2019, a equipe brasileira não confirmou índice. Apenas um atleta disputará a prova individual. Basquete (3x3 e de quadra) e handebol masculino, por exemplo, terão missão complicada: os pré-olímpicos mundias.

Equipe definida no surfe

O atletismo, cujos índices foram determinados pela World Athletics (novo nome da Federação Internacional de Atletismo), tem até 29 de junho para fechar sua equipe. Por enquanto, o COB conta com 23 vagas, incluindo revezamentos — a segunda maior delegação do Time Brasil. Nomes como Alison Brendom (400m), Thiago Braz (salto com vara), Darlan Romani (arremesso do peso) e Caio Bonfim (marcha atlética de 20km) já têm vaga garantida.

Os atletas do vôlei de praia já estão confirmados pelo COB: Ágatha e Duda, Ana Patrícia e Rebecca, Alison e Álvaro Filho, e Bruno Schmidt e Evandro. Na vela, Fernanda Oliveira e Ana Barbachan (470). Hugo Calderano é o único garantido na equipe de tênis de mesa. O surfe já tem sua equipe: Gabriel Medina, Italo Ferreira, Silvana Lima e Tatiana Weston-Webb. Iêda Guimarães é a representante do pentatlo moderno; Ana Marcela Cunha, na maratona aquática (10km); Flávia Saraiva, única ginasta do feminino; e Ana Sátila, na canoagem (C1 e K1), também estão garantidas.

Mas há outros esportistas que já carimbaram o passaporte mas que ainda terão suas vagas ratificadas pelo COB. Caso de Isaquias Queiroz — maior medalhista do Brasil nos Jogos do Rio, com três conquistas –, e Erlon de Souza (C2 100m). A canoagem poderá garantir mais participações via Pan-Americano, em Valparaíso, no Chile, entre 7 e 10 de maio. No tênis, João Menezes se classificou ao ganhar o ouro nos Jogos Pan-Americanos, mas precisa se manter entre os 300 melhores do ranking mundial para assegurar a vaga.

No caso da vela, a vaga olímpica pertence ao país e não ao atleta (no 470, a dupla feminina já está garantida). A Confederação Brasileira irá estabelecer o critério para definir os atletas. Dificilmente Jorge Zarif (Finn), Robert Scheidt (Laser) e as campeãs olímpicas Martine Grael e Kahena Kunze (49er FX) ficarão de fora.

Em 2019, ano pré-Olimpíada, o Time Brasil conquistou 22 medalhas em Mundiais ou competições equivalentes, desempenho pior do que em 2011 (27 medalhas) mas superior ao de 2015 (17). Foi o melhor ano do ciclo atual, superando 2018 (18) e 2017 (21). Foram 61 medalhas no atual ciclo, ante 67 no anterior (2013-2015).

Das 22 medalhas, sete foram ouro: Beatriz Ferreira (boxe), Nathalie Moellhausen (esgrima), Pâmela Rosa (skate), Isaquias Queiroz (canoagem velocidade), Arthur Nory (ginástica artística), Italo Ferreira (surfe), Martine Grael e Kahena Kunze (vela)

— Foi um ano positivo, de bons resultados e posições significativas nos rankings mundiais em diversas modalidades — afirmou o diretor de Esportes do COB, Jorge Bichara.



*Extra

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