UM CARA CHAMADO CLÓVIS, O ARANHA NEGRA DO RIO NEGRO



CÉLEBRE DEFESA DO ARANHA NO FINAL DA DÉCADA DE 60 NO PARQUE AMAZONENSE

Corria o ano de 65 e eu então com 7 anos de idade andava ao lado de minha mãe (D. Nazaré, que Deus a tenha) vínhamos da Lanchonete do Legal onde ela era garçonete - nem sei se na época era esse o termo - na rua dos Andradas já bem pertinho da esquina com a Joaquim Nabuco existiam uns barbeiros e toda vez minha genitora me dava um ralho porque eu desgrudava da mão dela e ficava olhando na vitrine das barbearias os retratos estampados e cortados bem quadradinhos com os jogadores do futebol amazonense. 

CLÓVIS, O ARANHA, EM FOTO RECENTE NO VELHO PARQUE AMAZONENSE

Ali eu comecei a me apaixonar pelo esporte-bretão e mais específicamente pelo Rio Negro, o Galo Carijo. E acho que o goleiro Clóvis, o Aranha Negra, com sua mística da toalha vermelha, chamava muito a atenção dos torcedores amazonenses, principalmente do time do Nacional, que no outro lado tinha nada mais, nada menos que Marialvo, já falecido. Tinha fotos como aquela célebre defesa em que o arqueiro saía do chão quase dois metros encaixando a pelota. Até hoje o Clóvis posta aqui no Facebook.

TIME DO GALO CARIJÓ NA DÉCADA DE 60

O tempo passou e chega a década de 70 começo a frequentar os estádios, o Parque Amazonense com os seus tradicionais poleiros externos no Beco do Macedo de muitos clássicos, de muito romantismo. Em seguida comecei a frequentar o Tartarugão, depois Vivaldão e agora Arena da Amazônia.

Em 76, levado pelo Radialista Luís Rougles eu ingressei na crônica esportiva na extinta rádio Baré, na Eduardo Ribeiro. Rougles era meu vizinho no Beco do Macedo, ele me ouviu na voz do bairro de Nossa Senhora das Graças e disse que eu levava jeito pra coisa, e não é que deu certo. Por falar em Beco do Macedo, esse bairro revelou muitos talentos: O Amauri, os Barrote, o Esquerdinha, o Zé Raimundo, O Paulinho, Torrado, uma lista imensurável.

CLÓVIS, O ARANHA E A MÍSTICA DA 'TOALHA VERMELHA'

CLÓVIS, O ARANHA NEGRA, E A MÍSTICA DA 'TOALHA VERMELHA'

Pra finalizar, no final da década passada encontrei o Clóvis no sítio do meu amigo e incentivador Dr. Viga, que de vez em quando toma um capote no dominó, quando ele quer ganhar tem que jogar comigo.

É um prazer saber que hoje ele se colocou à minha disposição pra passar uns ensinamentos ao Leonardo meu filho de dez anos que disse que quer ser goleiro. Vamos torcer pra dar certo!

JOTA, O CHICOTE DO POVO, É EDITOR-CHEFE DESTE APLICATIVO, FLAMENGUENTO E MANAUARA COMEDOR DE JARAQUI.

         

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