DUPLA É PRESA POR ENTERRAR EM QUINTAL CORPO DE RECÉM-NASCIDO



A Polícia Civil prendeu uma mulher de 40 anos e o genro dela, de 26, suspeitos de esconderem o corpo de um recém-nascido no quintal de casa, em Goiânia.

 A corporação investiga se a presa, que é a mãe da vítima, sofreu um aborto ou se ela e o parente causaram a morte do bebê. O Conselho Tutelar da capital recebeu a denúncia anônima de uma situação estranha na casa por telefone, na quinta-feira (17). 

Segundo o órgão, uma pessoa ligou e contou ter ouvido na residência barulhos de uma mulher em trabalho de parto, choro de bebê e, em seguida, uma conversa sobre esconder o corpo do recém-nascido.

 A conselheira Oneide Gomes Rodrigues contou que, quando a equipe chegou à casa da mulher e encontrou o local onde o recém-nascido fora enterrado, ainda tinha esperança de que o bebê pudesse estar vivo. “O motorista pega com maior cuidado para tirar o saco preto do buraco para que a criança não venha a se machucar. Na hora que eu vi, nem eu mesma acreditei. A gente, como mãe, pensa que ainda vai estar vivo, ainda vai estar bem. Mas, infelizmente, não foi isso que a gente achou”, contou, emocionada. Conselho Tutelar encontra corpo de bebê dentro de saco de lixo enterrado.

Também de acordo com a conselheira, a mulher negou, à princípio, estar grávida, ter dado à luz de forma prematura - que as investigações apontam que ela estaria no sétimo mês de gestação - ou ter sofrido um aborto. No entanto, depois que o corpo do neném foi encontrado, Oneide foi conversar com a mulher e disse que só então ela disse ter perdido a criança em um aborto espontâneo.

 Investigação 

A delegada Ana Elisa Gomes, da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), está responsável pelo caso. Segundo ela, a equipe que foi à casa encontrou sangue em algumas partes da residência e em sacos de lixo. 

Agora, segundo ela, a corporação vai investigar o que realmente aconteceu com a criança após o nascimento para avaliar se a mulher e o genro devem responder por algum outro crime. “Existem outras implicações nesse caso. A gente precisa da conclusão dos laudos periciais, principalmente do laudo cadavérico do corpinho do bebê, porque se o bebê estava vivo e eles fizeram algo para matá-lo, a gente tem um possível crime de infanticídio ou homicídio - além da ocultação de cadáver, que é o crime pelo qual eles já foram autuados”, esclareceu. Caso é investigado pela Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) de Goiânia.

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