ESPOSA DE MORO DIZ QUE PRESIDÊNCIA EM 2022 'NÃO ESTÁ NO RADAR' DO JUIZ

 

Rosângela Wolff. (Imagem: Reprodução/vídeo)

Rosângela Wolff Moro, advogada especializada em direito tributário e esposa do juiz e ex-ministro da Justiça, Sergio Moro, disse que a possibilidade de o marido se candidatar para presidente do Brasil nas eleições de 2022 "não está no radar" da família no momento. No "Conversa com Bial" desta madrugada, Rosângela foi questionada sobre os boatos de Moro ser um possível nome à presidência. "A gente tem responsabilidade por aquilo que a gente fala e não pelo que as pessoas querem. Se colocam ele eventualmente em pesquisas, não é a pedido nosso. Se falam para ele que precisa ser presidente, não é, necessariamente, um pedido nosso", respondeu.

Ainda sobre a questão, ela explicou: "Ele acabou de sair dessa função pública. A gente está atravessando uma pandemia. Ele está se reinserindo na iniciativa privada porque, assim como qualquer família normal, os boletos chegam no final do mês. Então, 2022 não está no radar de ninguém aqui em casa. A gente está pensando no hoje".

Sergio Moro ocupou o cargo de ministro da Justiça e Segurança Pública do Brasil no governo de Jair Bolsonaro (sem partido) por pouco mais de um ano. Em 24 de abril de 2020, demitiu-se em entrevista coletiva após o presidente pedir a exoneração do diretor-geral da Polícia Federal.


Intuição feminina

No programa, Rosângela também comentou sobre ter sentido que Moro não iria durar muito tempo no cargo de ministro. "Em agosto de 2019, quando o presidente começou a falar de trocar o diretor da polícia, e daí veio aquele modus operandi de 'vou fritar um ministro', aquilo doeu. Porque todas às vezes que a gente via uma fala mais agressiva, em um tom que diminui a cordialidade, vinha que era contra a Lava Jato. E, justamente por ver o governo como uma coisa toda, naquele momento da fritura acendeu uma intuição feminina de esposa."

O fato de Bolsonaro ter "guilhotinado", nas palavras de Rosângela, pessoas do governo que eram seus amigos e de relação pessoal fez com que ela tivesse mais certeza de que a posição de Moro como ministro estaria chegando ao fim.

"Não sei se antes, depois ou durante, dois amigos, duas pessoas foram guilhotinadas do governo, que eram o [Gustavo] Bebianno, que depois faleceu, e o General Santos Cruz. Quando eu vi aquilo, pensei: 'Se com os amigos de relação pessoal dele a postura foi essa, meu querido, a sua guilhotina vai chegar, é só uma questão [de tempo]'. Eu não tinha mais dúvida", completou.


UOL*

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