COMEÇA A VALER DECRETO QUE FECHA COMÉRCIO


Centro Avenida Eduardo Ribeiro vazia durante decreto governamental em junho (Foto: Nainy Castelo Branco/ Divulgação)

Com as novas medidas, haverá alteração no funcionamento de diversos setores e de atividades não essenciais. Shoppings e restaurantes funcionarão apenas em modo drive-thru.

Mesmo em meio a protestos e apelos de comerciantes e trabalhadores que veem nas festas de fim de ano a oportunidade de impulsionar suas vendas, começou neste sábado (26) a valer o decreto do governador Wilson Lima que estabelece o fechamento de serviços não essenciais para tentar conter novo colapso na saúde do Estado.
O decreto foi anunciado na quarta-feira (23) pelo próprio governador durante coletiva na sede do Governo, na zona oeste de Manaus.

Segundo informou o governo, em nota, o Hospital Delphina Aziz, referência no atendimento de casos de Covid, atualmente se encontra com 94% dos leitos clínicos e 99% das unidades de terapia intensiva (UTIs) ocupados.

“O aumento [de casos de Covid] tem relação com eventos que geram e geraram aglomerações. As eleições tiveram participação significativa nesse processo, e agora estamos colhendo os frutos disso. Também temos as festas clandestinas que têm acontecido com muita frequência em Manaus”, declarou Lima.

Pelo decreto, a partir deste sábado (26), até o dia 10 de janeiro, comércios e estabelecimentos que não são essenciais funcionarão por drive-thru (quando o cliente vai até o local retirar o produto) e delivery (serviço de entrega), até as 21h. Os shoppings também só funcionarão no sistema de entrega. Os eventos como casamentos e formaturas estão proibidos. Reuniões comemorativas estão suspensas. O horário para funcionamento de feiras e mercados ainda será estabelecido. As academias que atuam no tratamento de fisioterapia e igrejas, amparadas por lei para funcionarem com capacidade de 30%, vão poder funcionar. Os demais serviços só poderão funcionar se estiverem relacionados à atividade essencial.

Insatisfação

Revoltados com a decisão do Governo do Amazonas, de fechar o comércio até 10 de janeiro de 2021, comerciantes realizaram ainda na quarta-feira (23), pela noite, uma manifestação, no Centro de Manaus.
Para a vendedora Valdirene Santos, a notícia foi um baque. “Eu venho para rua vender, ajudo minha mãe, que é do grupo de risco. Eu me cuido para não colocar a vida dela em risco. Eu sou a mulher da casa, eu que ajudo minha mãe porque ela não tem mais o pé para andar, ela depende de mim. E agora, como vou ficar?”, indagou a vendedora.

Casos
Até a sexta-feira (25), a Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas (FVS-AM), informou 401 novos casos de Covid-19, totalizando 195.806 casos da doença no Estado, além de mais 13 mortes, elevando para 5.161 o total de óbitos.

D24*

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