Enquanto o grupo mais rico foi mais afetado na segunda, ou seja, como se a cidade tivesse tido duas “primeiras ondas” em populações diferentes, segundo o especialista.
Por outro lado, para Marcus Laceda, há muitos indícios de que essa variante específica do vírus é de fato um subtipo do vírus com maior capacidade de transmissão
“Provavelmente essa nova variante já está em outras regiões do país, e é questão de tempo ela se tornar dominante. Em cerca de um mês já deve prevalecer sobre outras no monitoramento” disse o infectologista da Fiocruz-AM.
Segundo ele, há muitos indícios de que a P.1, sigla dessa variante específica do vírus, é de fato um subtipo do vírus com maior capacidade de transmissão.
Mandetta diz que variante do Amazonas pode causar megaepidemia
Equipe internacional Anteontem à noite, uma equipe internacional com participação da USP, Universidade de Oxford, King’s College e Universidade Harvard publicou artigo sobre o tema.
Encabeçados por Ester Sabino, do Instituto de Medicina Tropical da USP, a P.1 é apontada como uma das principais suspeitas pela escala arrasadora da segunda onda de Covid-19 que varreu Manaus.
Em setembro do ano passado, o grupo havia publicado artigo sugerindo que a capital amazonense já teria atingido a chamada “imunidade de rebanho”, quando a parcela de população infectada pelo vírus é tão alta que o sistema imune das pessoas torna-se barreira à disseminação.
Pouco isolamento De maio a dezembro, os manauaras praticaram pouco isolamento social sem que o vírus tenha se disseminado muito.
A explosão de casos ocorrida em janeiro de 2021, que provocou um segundo colapso do sistema de saúde do município, e também do estado, coincidiu com a emergência do P.1, sugerindo uma ligação.
*BNC Foto: Lucas Silva/Secom
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