300 RÃS QUE ERAM USADAS EM PESQUISA SÃO FURTADAS: '16 ANOS JOGADOS NO LIXO'
Polícia Civil investiga caso; assaltantes deixaram para trás apenas rãs que não atingiram o estágio reprodutivo Imagem: Reprodução/TV Vanguarda |
De acordo com informações da TV Vanguarda, filiada da TV Globo, a Polícia Civil iniciou investigações para descobrir origem e motivação do furto. As rãs ficavam em cativeiro em uma estrutura que era trancada apenas com uma cadeado e uma porta simples.
A cientista Adriana Sacioto Marcantonio, zootecnista e pesquisadora da Apta (Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios) explicou o objetivo da pesquisa.
"Percebemos que o efeito dos agrotóxicos é muito intenso em cima desses animais. A gente estava adaptando o protocolo de uma espécie vinda do exterior para utilizar nesta espécie [que foi furtada] em ensaios de agrotóxicos, metais pesados e outros tipos de contaminantes e poluentes ambientais", disse e lamentou, em seguida: "Foram 16 anos jogados no lixo".
Os assaltantes deixaram para trás alguns espécimes mortos e rãs que ainda não estão em estágio reprodutivo, segundo a reportagem.
A cientista lembrou que esta não foi a primeira vez que o local foi alvo de furto: "É recorrente o furto de gado de corte, de bezerro de leite, furto de invasão a uma marcenaria que temos aqui na sede da fazenda. Várias vezes entraram e levaram todos os equipamentos. Furto de fiação elétrica, inclusive. À noite começa cachorro a latir e nós já saímos para ver se o fio continua no poste", denunciou Marcantonio.
UOL*
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