JUSTIÇA ITALIANA FORMALIZA SENTENÇA DE 9 ANOS DE PRISÃO PARA ATACANTE ROBINHO

 

Imagem: Santos/ divulgação

Nesta terça-feira (9) a Corte de Apelação de Milão, na Itália, confirmou sentença de nove anos de prisão para o atacante Robinho, ex-Santos e Real Madrid, e de seu amigo Ricardo Falco pelo crime de violência sexual contra uma mulher, em 2013, na época em que o jogador ainda atuava pelo Milan.

A sentença foi proferida em dezembro de 2020, mas o texto foi publicado de forma oficial somente nesta terã, faltando um dia para o vencimento do prazo legal. No mesmo, as juízas Francesca Vitale, Paola Di Lorenzo e Chiara Nobili, que estiveram à frente do caso, destacaram particular desprezo (do atacante) em relação à vítima, que foi brutalmente humilhada”.

Com a confirmação, a defesa de Robinho tem 45 dias para recorrer à Corte de Cassação, a terceira e última instância da Justiça italiana para evitar a detenção do jogador, que está com 37 anos.

Entenda a condenação do atacante

Robinho e Falco foram condenados em duas instâncias por abusar sexualmente de uma mulher albanesa, na boate Sio Café, em Milão, em 2013. Naquele momento, o brasileiro era uma das principais estrelas do time rossonero.

Ambos foram enquadrados no artigo "609bis" da Justiça italiana, que fala da participação de duas ou mais pessoas reunidas para ato de violência sexual, forçando a vítima a manter relações sexuais por sua condição de inferioridade “física ou psíquica”.

A defesa do jogador, entretanto, alegou que houve consenso da mulher no ato sexual. Em 2014, um ano após o caso, Robinho admitiu que houxe sexo oral, mas com permissão da vítima e sem a participação de mais ninguém.

Segundo a vítima, hoje com 30 anos, em depoimento e durante interceptações realizadas durante a investigação, ela estava "completamente bêbada" quando foi submetida a relações sexuais, sem consentimento com Robinho e seus amigos.

Em outubro do ano passado, alguns áudios do jogador com seus amigos, divulgados pelo Globoesporte.com, embasaram a sua condenação em segunda instância, em 2017. Na época, o atacante, que havia sido contratado pelo Santos, teve o seu contrato suspenso pelo Peixe.

Durante as audiências, Robinho e Falco, que estão no Brasil, foram representados por seus respectivos advogados.

ESPN*

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