FLAMENGO VENCE A LDU NO SUFOCO E FICA PERTO DE VAGA NAS OITAVAS DA LIBERTADORES

Bruno Henrique marcou de cobertura o segundo gol do Flamengo em Quito Foto: Alexandre Vidal / Flamengo

A vitória do Flamengo por 3 a 2 sobre a LDU, em Quito, traz, ao mesmo tempo, razões para comemorar e para se preocupar. Pela primeira vez, o time rubro-negro encerra o primeiro turno da fase de grupos da Libertadores com 100% de aproveitamento. De quebra, praticamene encaminhou a vaga nas oitavas. Só que, mais uma vez, a falta de equilíbrio garantiu uma boa dose de tensão.

Foram dois tempos distintos. No primeiro, um Flamengo impecável que não domou a altitude e o adversário. No segundo, uma atuação oposta, que quase custaram os três pontos.

Mas eles vieram. O Flamengo chegou aos 9 pontos e está cinco à frente da LDU, segunda colocada do Grupo G. Na próxima terça, volta a jogar fora de casa. Visita o Unión La Calera, no Chile.

Na altitude de Quito pelo terceiro ano seguido, o Flamengo mostrou já saber como deve se comportar. Adiantou suas linhas de marcação na maior parte do tempo, evitando que o adversário tivesse o domínio, trocou passes com paciência, rodou a bola e valorizou a posse. Com isso, ditou ele mesmo o ritmo do jogo e impediu o desgaste de correr atrás do adversário.

Os rubro-negros começaram a colher os frutos logo cedo. Com 2 minutos, Éverton Ribeiro deu excelente passe para Gabigol tirar do goleiro na conclusão e abrir o placar. O meia, em baixa e bastante criticado pela torcida desde o ano passado, fez uma partida que lembrou seus melhores momentos. Distribuiu outras boas bolas e finalizou com perigo.

Mas não foi uma boa noite apenas para o camisa 7. Coletivamente aplicado, o Flamengo viu outros jogadores brilharem. O lance do segundo gol resume bem isso. A jogada nasceu de uma bela trama entre Diego, João Gomes, Arrasceta, Gabigol e Bruno Henrique. Coube ao último finalizar de fora da área com capricho e marcar um golaço por cobertura, aos 29.

O problema é que o cenário perfeito do primeiro tempo parece não ter sido suficiente para os rubro-negros manterem a estratégia na volta do intervalo. O Flamengo voltou dando mais espaços para a LDU, que aproveitou a gentileza e impôs seu jogo. Para completar, o time brasileiro ainda perdeu Diego Alves, com dor na coxa direita. Mais acionado que o titular, o substituto Hugo Souza não passou a mesma confiança.

O resultado foi um massacre. Em 15 minutos, os equatorianos chegaram ao empate. Diminuíram aos 4, com Borja; e deixaram tudo igual aos 15, com Amarilla. Ambos os gols em bolas aéreas levantadas na área, um drama para o Flamengo de Rogério Ceni.

Com o empate, os equatorianos reduziram o ímpeto. E o jogo caminhava para o empate, que tería gosto de frustração para o Flamengo dada as circunstâncias da partida. Até que Arrascaeta foi derrubado na área por Corozo. Pênalti que Gabigol mais uma vez converteu com tranquilidade, aos 39. Com o 16º gol na Libertadores, ele igualou Zico como artilheiro do clube na competição e garantiu a vitória. Mas com muito sufoco.


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*Extra

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