FLA GOLEIA DEFENSA NO DF E AGUARDA OLIMPIA OU INTER NAS QUARTAS

Foto: Reprodução

A classificação do Flamengo para as quartas de final da Libertadores reuniu quase todos os ingredientes que compõem o suco cultural do clube.

Da vitória na raça na Argentina em dia de péssima atuação, o time se transformou e uma semana depois bateu o Defensa y Justicia com autoridade em Brasília, por 4 a 1.

Em jogo que marcou a volta da torcida parcial no estádio Mané Garrincha, a equipe começou em ritmo alucinante, dominou o adversário, e só não construiu logo um placar elástico porque desperdiçou algumas chances e relaxou.

Rodrigo Caio, Arrascaeta e Vitinho duas vezes marcaram para o rubro-negro carioca. Loaiza descontou, em falha boba de Diego Alves na saída de bola ainda no primeiro tempo.

Na próxima fase, o Flamengo aguarda Inter ou Olimpia, do Paraguai.

Dez gols em três jogos

O resultado teve mais uma vez o dedo do técnico Renato Gaúcho, que chegou a sua terceira vitória seguida, e viu o time somar no período dez gols e sofrer apenas um.

A evolução ofensiva se consolidou com o retorno triunfal de Bruno Henrique, melhor jogador em campo. E foi coroada com mais um sinal de recuperação de peças como Michael e Vitinho.

Os dois foram a campo quando o time argentino já havia empatado e voltava com tudo para o segundo tempo. Michael participou diretamente da jogada do gol de Arrascaeta, e Vitinho ampliou o placar final na primeira jogada, com tempo ainda para outro lance individual que terminou em comemoração.

Até o primeiro gol, de Rodrigo Caio, após cruzamento, teve a superação como pano de fundo. O zagueiro retornava após um período de recuperação de lesão ao time titular. E foi peça importante na mudança de postura defensiva em relação ao primero jogo.

Tanto Rodrigo Caio como Willian Arão, outro que retornou e ajudou a organizar a defesa e o meio-campo. Foi nesse setor que o Flamengo se sobressaiu comparado ao jogo na Argentina. Houve momentos de cochilo, sobretudo o recuo duplo de Diego Ribas para Diego Alves, que despachou mal. Mas a equipe exalou muito mais confiança.

A volta da boa fase do quarteto ofensivo formado por Éverton Ribeiro, Arrascaeta, Bruno Henrique e Gabigol, que fez um começo de jogo muito bom, foi outro fator preponderante para a mudança de postura, que já havia sido vista na goleada sobre o Bahia. Desta vez, a presença de Bruno Henrique novamente turbinou o lado esquerdo. E fez o setor encaixar como há muito não se via.

As movimentações do velocista pela esquerda, de Gabigol da direita para o centro, de Ribeiro por dentro naquele setor, e Arrascaeta vindo de trás, por todos os lados, lembraram os grandes momentos do time na Libertadores de 2019.

A construção do jogo desde a defesa, com Arão e Diego se revezando entre os zagueiros, detalhe tático da era Renato Gaúcho, também deu certo. Isal e Filipe Luís tiveram mais liberdade para atacar e dar superioridade numérica no meio. Beccaccece reforçou a marcação ainda no primeiro tempo e conseguiu frear o ímpeto do Flamengo.

Na etapa final, só depois da entrada de Michael o time saiu de um momento de apuros e certa pressão dos argentinos atrás da virada. Bastou retomar a intensidade em algumas jogadas de contra-ataque para voltar à frente no placar.

Mais uma vez com Bruno Henrique, a trama se inicou pela esquerda e terminou do outro lado. Michael, no lugar de Éverton Ribeiro, deu velocidade por ali e arrematou de primeira o cruzamento. A bola bateu no travessão e no rebote Arrascaeta fez o segundo.

Com a vantagem, Renato trocou Bruno Henrique por Vitinho. Deu certo. O atacante jogou mais por dentro, e aproveitou a defesa argentina já desorganizada. No terceiro gol, acertou de canhota no canto. No quarto, abriu a zaga para finalizar bem com a perna direita.

*Extra

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