JUSTIÇA MANTÉM SUSPENSÃO DE LICITAÇÃO CONTRA O "PUXADINHO" DE 32 MILHÕES DA CÂMARA

 



CMM havia recorrido da decisão favorável ao pedido dos vereadores Amom Mandel (sem partido) e Rodrigo Gudes (PSC) que ganharam na justiça liminar para suspender a obra do anexo 2 da CMM, batizado de “puxadinho milionário”.


 

A Desembargadora Socorro Guedes indeferiu nesta sexta-feira (24) o pedido do presidente da Câmara Municipal de Manaus, David Reis (Avante) que solicitava a suspensão da liminar conseguida pelos vereadores Amom Mandel (sem partido) e Rodrigo Gudes (PSC) , que suspendeu o edital de licitação para construção do Anexo 2 da CMM, conhecido como puxadinho. A obra está orçada em R$ 32 milhões. “Não entrevejo evidências de que o conforto ou bem-estar da população que é atendida nas dependências da CMM ache-se ameaçado caso o procedimento licitatório sub judice reste suspenso até o devido deslinde das questões suscitadas pelos Agravado.”, diz um trecho da decisão da magistrada.

 

O vereador Amom Mandel disse que mais uma vez o bom senso e a vontade popular permanceram. “É louvável que a justiça com sua serenidade tenha negado os argumentos da CMM. Como já disse anteriormente, Manaus não precisa dessa obra. Não haverá prejuízos irreparáveis para sociedade se o anexo 2 não for feito. O povo ganha mais uma vez!”, comemorou Mandel.

 

Entenda o caso

 

A Procuradoria da CMM recorreu ao Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM) contra a decisão do juiz Marcelo da Costa Vieira que suspendeu na última sexta-feira (17)

o edital de licitação a pedido dos parlamentares contrários à construção. “Assim, entendo que os autores lograram êxito em demonstrar, de forma suficiente para

esta fase de cognição prévia do processo, quando ainda, logicamente, não se ouviram os argumentos contrários, o fumus boni iuris, haja vista os requisitos da licitação, os quais devem obedecer os princípios e preceitos legais, bem como o periculum in mora, uma vez que os atos públicos ora impugnados poderão provocar danos irreparáveis no caso da medida ser concedida somente ao final”, disse o magistrado em sua decisão.

 

Após a liminar, a presidência da CMM publicou a suspensão do edital de licitação no Diário Oficial Eletrônico da Casa. Nesta quinta-feira (23) revolteou ao TJAM. A desembargadora Socorro Guedes será a responsável por analisar o caso.

 

Com o valor de R$ 31.979.575,63, conforme o Edital de Concorrência nº 001/2021, que dispõe das condições para o processo de licitação para contratação de empresa de

engenharia, a obra deve alocar os servidores e parlamentares da Casa Legislativa, assim como os visitantes. O prédio deve possuir quatro andares e um total de quase

 12 mil metros quadrados, conforme o plano diretor da obra. A data do processo licitatório será dia 18 de outubro deste ano, na forma de concorrência pública.

 

Entre as justificativas para a obra a presidência da CMM alegava que é preciso dotar o espaço de "condições dignas de uso aos diversos ambientes existentes,

aos parlamentares, colaboradores e comissionados e mesmo a pessoas que visitam rotineiramente a casa legislativa", diz um trecho do agravo.

 

O novo prédio contará com quase 12 mil metros quadrados distribuídos em subsolo, garagem, e mais quatro andares. O novo "puxadinho" também terá 4 elevadores. O custo estimado do cada metro quadrado ultrapassa os R$ 2,8 mil.

Assessoria de Imprensa 

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