CRIANÇAS DA REGIÃO NORTE TÊM MAIS DEFICIÊNCIA DE VITAMINAS E MINERAIS, DIZ PESQUISA

Foto: ilustrativa Pexels


Apesar da prevalência de anemia em crianças brasileiras de até 5 anos ter sido reduzida à metade nos últimos 13 anos, caindo de 20,9%, em 2006, para 10,1%, em 2019, a região Norte apresentou um aumento de 6,6%, subindo de 10,4% para 17% no mesmo período.

No item relacionado à Vitamina B12, a região Norte tem maior deficiência nessa faixa etária, com 28,5%, o equivalente ao dobro do índice nacional, que é 14,2%.

Os dados inéditos sobre anemia e deficiência de vitaminas e minerais em crianças de até 5 anos estão entre os resultados do Estudo Nacional de Alimentação e Nutrição Infantil (ENANI-2019), divulgado ontem, 19, por meio de live pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) em parceria com a Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), Universidade Federal Fluminense (UFF) e a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

O Norte se destaca também no item de prevalência da anemia por deficiência de ferro em crianças nessa faixa etária. Enquanto o índice nacional foi de 3,5%, na região Norte foi de 6,5% e a menor na região Nordeste (2,7%).

Os dados do levantamento mostram que assim como a anemia, a anemia por deficiência de ferro é mais comum entre crianças de 6 a 23 meses (7,9%) do que na faixa etária de 2 a 5 anos (1,3%).

VITAMINA B12

A região Norte lidera outro ponto negativo revelado pela pesquisa, em em relação à deficiência de Vitamina B12. O estudo apontou que a prevalência de deficiência dessa vitamina nas crianças menores de 5 anos foi de 14,2% no Brasil, com grande diferença entre as macrorregiões: 28,5% no Norte, 14% no Sudeste, 12% no Centro-Oeste, 11,7% no Nordeste e 9,6% no Sul.

As fontes de vitamina B12 são exclusivamente alimentos de origem animal, principalmente – carne bovina, suína, fígado, vísceras e peixes. A dificuldade de acesso a esses alimentos pode estar relacionada à alta prevalência de deficiência de vitamina B12 nessa faixa etária”,

A prevalência da deficiência de vitamina A nesta faixa etária foi de 6% no Brasil, uma redução relativa de 65,5% em relação a 2006, quando se observou a prevalência de 17,4%.

As maiores prevalências de deficiência de vitamina A foram encontradas nas regiões Centro-Oeste (9,5%), Sul (8,9%) e Norte (8,3%) e a menor na região Sudeste (4,3%).

Outro resultado da pesquisa aponta que a insuficiência de vitamina D nessa faixa etária reflete as desigualdades socioeconômicas do país.

A insuficiência de vitamina D em crianças menores de 5 anos é de 4,3% no Brasil: 0,9% no Nordeste, 1,2% no Norte, 2,2% no Centro-Oeste, 6,9% no Sudeste e 7,8% no Sul.

No relatório, o ENANI-2019 alertou para o fato de que quase metade das famílias brasileiras com crianças menores de 5 anos (47,1%) vive em algum grau de insegurança alimentar.

*PORTAL DO HOLANDA

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