SERVIDORES DO INEP E GRÁFICAS QUE IMPRIMIAM PROVAS DO ENEM SÃO ALVOS DE OPERAÇÃO DA PF

Esquema ocorria desde 2010 - Foto: Fabio Rodrigues/AB

A Polícia Federal deflagrou nesta manhã (7) a Operação Bancarrota, que investiga um esquema de corrupção envolvendo empresas responsáveis pela impressão das provas do Enem.

Ao todo são cumpridos 41 mandados de busca e apreensão, no Distrito Federal, São Paulo e Rio de Janeiro, além de ter sido determinado pela Justiça Federal o sequestro de 130 milhões de reais das empresas e pessoas físicas envolvidas.

Foram destacados 127 policiais federais e 13 auditores da CGU para o cumprimento do mandados.

Entre os anos de 2010 e 2018, o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira - INEP contratou para realização do ENEM, sem observar as normas de inexigência de licitação, empresa que recebeu um total de R$728,6 dos cofres públicos neste período.

Além disso, apurou-se o envolvimento de servidores do INEP com diretores da referida empresa, bem como com empresas de consultoria subcontratadas pela multinacional.

Os contratos sob investigação totalizaram um pagamento às empresas de R$ 880 milhões, desde 2010.

Deste montante, estima-se que cerca de R$ 130 milhões foram superfaturados para fins de comissionamento da organização criminosa, que é composta por empresários, funcionários das empresas envolvidas e servidores públicos.

As investigações apontam para um enriquecimento ilícito de R$ 5 milhões dos servidores do INEP suspeitos de participação no esquema criminoso.

Os envolvidos são suspeitos de crimes de organização criminosa, corrupção ativa e passiva, crimes da lei de licitações e lavagem de dinheiro, com penas que ultrapassam 20 anos de reclusão.


*PORTAL DO HOLANDA

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