EXPLOSÃO DE CARRO-BOMBA E ATAQUE A TIROS ATINGEM HOTEL E DEIXAM NOVE MORTOS NA SOMÁLIA
Reuters |
Um carro-bomba e um ataque a tiros contra um hotel na cidade de Kismayu, na Somália, mataram nove pessoas neste domingo, antes que as forças de segurança encerrassem o cerco ao estabelecimento e matassem os agressores, disse a polícia.
O ataque a tiros começou depois que um veículo carregado de explosivos chocou com o portão do Tawakal Hotel, localizado na cidade portuária de Kismayu. O grupo militante Al Shabaab, ligado à Al Qaeda, tomou para si a responsabilidade do ataque.
"Na explosão, nove pessoas, incluindo estudantes e civis, foram mortas e outras 47 ficaram feridas, algumas delas gravemente", disse Yussuf Hussein Dhumal, ministro da Segurança de Jubbaland, à Reuters.
"O hotel onde a explosão aconteceu ficava perto de uma escola, então muitos alunos ficaram feridos."
As forças de segurança mataram três dos atacantes e um quarto morreu na explosão da bomba, disse Dhumal.
Antes do ataque, uma reunião estava sendo realizada no hotel para discutir como combater o Al Shabaab, disse à Reuters Farah Mohamed, um oficial de segurança da cidade de Kismayu.
Mohamed Nur, capitão da polícia, e Farah Ali, lojista em Kismayu, disseram à Reuters que a explosão no hotel precedeu o ataque a tiros.
Imagens de vídeo da Televisão Nacional da Somália publicadas na conta da emissora no Twitter mostraram a equipe de segurança carregando um dos feridos em uma ambulância.
Abdiasis Abu Musab, porta-voz do Al Shabaab, disse que o grupo se responsabiliza pelo ataque, que, segundo ele, pretendia alvejar os administradores da região de Jubbaland que trabalham no hotel.
Kismayu é a capital comercial de Jubbaland, uma região do sul da Somália ainda parcialmente controlada pela Al Shabaab.
O Al Shabaab foi expulso de Kismayu em 2012. O porto da cidade era uma importante fonte de receita para o grupo terrorista, graças a impostos, exportações de carvão e taxas sobre armas e outras importações ilegais.
Em 2019, um ataque semelhante em outro hotel em Kismayu matou pelo menos 26 pessoas.
O grupo está lutando para derrubar o governo central e impor seu governo paralelo com base em sua própria interpretação estrita da lei islâmica da sharia. Ele já matou milhares de somalis e centenas de civis em toda a África Oriental em mais de uma década.
As forças de segurança somalis disseram que obtiveram ganhos na batalha contra o Al Shabaab nas últimas semanas enquanto lutavam ao lado de grupos locais de autodefesa, mas o inimigo segue conduzindo ataques mortais.
Reuters*
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