PARTIDO DE BOLSONARO ACUSA EX-JUIZ SÉRGIO MORO DE SE BENEFICIAR DE CAIXA DOIS

(Foto: Marcello Casal JrAgência Brasil)

Política – O Partido Liberal (PL), partido do ex-presidente Jair Bolsonaro, afirmou que o ex-juiz e ex-ministro da Justiça Sergio Moro (União Brasil) cometeu abuso de poder econômico e se beneficiou de caixa dois durante as eleições de 2022, que o elegeu como senador pelo Paraná.

A denúncia veio a tona nessa terça-feira (24), adiantadas pelo colunista do UOL, Rogério Gentile. A justiça já tinha recebido as informações da acusação no dia 23 de dezembro, porém estava sob sigilo até 17 de janeiro após ser revogado pelo desembargador Mário Helton Jorge, relator do processo no Tribunal Regional Eleitoral do Paraná.

“O que se inicia como uma imputação de arrecadação de doações eleitorais estimáveis não contabilizadas, passa pelo abuso de poder econômico e termina com a demonstração da existência de fortes indícios de corrupção eleitoral”, disse o PL na ação.

O partido alega que houve “desequilíbrio” na disputa ao Senado, provocado por “abuso de poder econômico”. Isso fez com que Moro tivesse mais chances de vencer. Moro se elegeu com 1,9 milhão de votos (33,5%), ficando à frente de Paulo Martins, do PL, que obteve 1,7 milhão de votos (29,1%).

Para o PL, Moro ter anunciado a pré-candidatura à Presidência pelo Podemos foi apenas uma forma de ele driblar a legislação e o teto de gastos da disputa ao Senado.

Segundo a legenda de Bolsonaro, o ex-juiz teria gastado pelo menos R$ 6,7 milhões com a pré-campanha e a campanha. O máximo permitido para campanha ao Senado é de cerca de R$ 4,4 milhões. O PL argumenta que, com o recurso acima do permitido, a chance de vitória aumentou.

O PL afirma, também, que Moro burlou a legislação eleitoral ao exigir que os partidos e fundações partidárias contratassem empresas de amigos.

O que diz Moro sobre acusações

Questionado pelo UOL, o senador Sergio Moro afirmou que as acusações são “falsas e absurdas” e que a ação é “desespero de perdedores”. Confira a nota na íntegra.

“Eu e meus suplentes ainda aguardamos ser notificados pela Justiça Eleitoral. Daquilo que vi pela imprensa, porém, percebo tratar-se de uma ação feita em parceria pelo PL/PR e Podemos, ou seja, entre o segundo e terceiro colocados derrotados, atendendo aos interesses de uma nova eleição e do PT.

Puro desespero dos perdedores e de quem teme nosso mandato.

Vejo que o PL/PR emprestou seu nome e o Podemos entrou com os seus advogados e com documentos internos vazados ilegalmente.

Renata Abreu, Fernando Giacobo, Álvaro Dias e Paulo Martins são os responsáveis! Todavia, nada temo. Sei da lisura das minhas ações, suplentes e fornecedores. Não houve aplicação ilegal de recursos, tampouco caixa 2, triangulação ou gastos além do limite, como sugerem provar apenas com matérias de blogs e notícias plantadas. A ilustrar o absurdo da ação encontra-se a afirmação fantasiosa de que a pré-candidatura presidencial teria beneficiado minha candidatura ao Senado quando foi exatamente o oposto, tendo o abandono da corrida presidencial gerado não só considerável e óbvio desgaste político, mas também impacto emocional.

Tentam nos medir com a régua deles. Mas nossa retidão moral é inabalável e inquestionável, como será novamente demonstrado.

Tentam nos medir com a régua deles. Mas nossa retidão moral é inabalável e inquestionável, como será novamente demonstrado.

Ao final serão processados, eles sim, pelas falsidades levantadas.

Sérgio Moro”.



*PORTAL TUCUMà

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