CRIANÇA QUE FOI ESPANCADA PELO PAI E MADRASTA COMEÇA FISIOTERAPIA EM MANAUS


Foto: Redes Socias 
O menino Davi, de 5 anos começou, nesta terça-feira (19), a primeira sessão de fisioterapia motora. Ele está fazendo o tratamento após ficar em coma e sofrer uma parada cardíaca devido aos maus tratos causados pelo pai e madrasta no ano passado.

Nas redes sociais, a mãe do dele contou sobre mais uma etapa no tratamento dele após as agressões.

“Sua luta ainda continua, pois irá operar os joelhos e os pés. Ele ainda sente muita dor e desconforto pois continua rígido e com muita espasticidade. Creio que logo ficará 100% bem”, escreveu ela.

Crime 

Na época, vítima chegou ao Hospital da Criança da zona Oeste com hematomas pelo corpo e marcas de mordidas e cortes na região do pênis. Além disso, ele também sofreu um ferimento no rosto e no crânio.

O suspeito, de 31 anos, e a atual esposa dele, de 28 anos, estavam escondidos na casa de um familiar na Comunidade São João, no bairro Lagoa Azul, na zona Norte.

Segundo a delegada Joyce Coelho, o menino mora com a mãe, mas passa o final de semana com o pai, a madrasta e outro irmão de 7 anos, Nesses períodos ele era constantemente espancado pela mulher. As agressões foram confirmadas pelo irmãozinho mais velho.

“Em uma breve pesquisa nós verificamos que esse menino de 4 anos já tem um histórico de maus-tratos. No dia 31 de maio ele falou em escuta especializada na delegacia que a madrasta pisava no estômago dele, derrubava ele no chão, cortava. Ele já tinha relatado para a genitora (...) Mesmo assim, no final de semana ele acabou voltando para a casa do genitor, onde ocorreu outra possível violência”, afirma Joyce

Na segunda ocasião descrita pela delegada, já no dia 4° de junho, o casal levou o garoto ao pronto-socorro alegando que ele teria engolido uma moeda de um real e tinha conseguido expelir o objeto, mas desde então estava vomitando sangue.

No último dia 10, quando o menino deu entrada com parada cardiorrespiratória, os médicos tiraram uma tampa de creme dental de dentro do corpo da criança e encontraram várias lesões graves no rosto, cabeça e pênis dela.

A delegada explicou na época que a princípio o crime foi registrado como maus-tratos, mas devido a gravidade do estado da criança e as evidências apresentadas pelo médico que atestavam tortura, o crime foi configurado como tal e a prisão do casal foi decretada.

Joyce explica ainda que apesar das agressões serem cometidas supostamente pela madrasta, o pai era conivente e permitia que o filho fosse espancado.

“Todos os relatos indicam que no momento em que aconteciam essas violências, a criança estava aos cuidados da madrasta e o genitor, quando a mãe questionava, acabava defendendo a madrasta com uma certa conivência”.

Os suspeitos seguem presos e a criança luta diariamente para voltar a ter a saúde melhor.

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