ESQUEMA DE TRÁFICO INTERNACIONAL USAVA INFLUENCIADORAS PARA DIVULGAR DROGAS
Foto: Reprodução |
Ao menos três delas moram no Distrito Federal, local bastante visado pela suposta organização, e foram presas. A ação contou com o apoio das polícias de São Paulo e do Rio de Janeiro. Ao todo, os agentes também cumprem 12 mandados de busca e apreensão.
Segundo as investigações, o grupo desenvolveu “complexo sistema de lavagem de dinheiro proveniente do mercado ilícito das drogas”, que contava com empresas fantasmas, documentos falsos e tecnologia para burlar a segurança de aplicativos bancários. “ [Os suspeitos] adquiriam de fornecedores dos Estados Unidos óleo de canábis (maconha), que entravam no Brasil pelo Paraguai. A droga, em grande quantidade, era remetida ao Brasil envasada em potes de cera de depilação”, explicou a polícia.
A polícia afirma que a droga era enviada de Foz do Iguaçu (PR) para a capital paulista, local em que parte do bando manipulava as substâncias para abastecer refis de cigarros eletrônicos e outros suportes. “ Misturavam solventes ao óleo de canábis e aromatizantes, informando pelos websites e redes sociais do grupo que estavam vendendo diferentes genéticas de maconha, sendo que, na verdade, misturavam solventes diversos e aromatizantes nas drogas"
A ação da organização acontecia principalmente nas redes sociais, com o uso de comércio eletrônico utilizavam-se de números internacionais para o contato com os clientes e uso do aplicativo de mensagens. “Profissionais de TI do Rio de Janeiro eram responsáveis pela construção das plataformas de comércio eletrônico do grupo, colaborando com a lavagem de dinheiro a partir da automatização dos pagamentos e utilização de documentos e dados falsos no contato com a rede bancária”, ressalta os investigadores.
Para os responsáveis pela operação, o grupo se aproveitava do descontrole das redes socais para obter “lucros milionários […] tendo rede de contatos em diversos países e websites e redes sociais reservas, para o caso de queda de algum recurso em virtude da ação policial”.
Para expandir as vendas, contratavam digital influencers de diversas partes do país para divulgar os produtos distribuídos pelo grupo. Três dessas influenciadoras digitais são do Distrito Federal, sendo que para o Distrito Federal a rede criminosa remetia drogas periodicamente.
A apuração da polícia mostrou que parte dos insumos para a construção de produtos para o consumo da droga vinham da China e do Rio de janeiro, de forma personalizada com a logomarca do esquema criminoso. Os chefes da organização moravam em São Paulo e não tinham contato com as substâncias enviadas, já que elas eram distribuídas pelos Correios.
A operação, que contou com técnicas especiais de investigação, conseguiu identificar nove integrantes do grupo criminoso, bloqueou contas bancárias de pessoas jurídicas e físicas. Caso condenados, os suspeitos podem pegar até 46 anos de prisão.
* R7
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