FUMAÇA NO AMAZONAS É DETECTADA EM IMAGENS DE SATÉLITE DA NASA

 

Imagem de satélite do dia 4 de agosto mostra grande atividade de fumaça na divisa entre o Amazonas e o Pará. – Foto: Nasa

As densas nuvens de fumaça que encobrem o Amazonas foram detectadas em imagens de satélite da NASA e do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), na segunda-feira (12).

A plataforma Terra Brasilis do INPE aponta que a região sul do estado concentra a maior parte dos focos de queimadas, com um aumento alarmante de 135% nos registros de queimadas em relação ao ano passado.

Desde janeiro, o Amazonas registrou 7.950 focos de queimadas, colocando o estado na terceira posição nacional, atrás de Mato Grosso e Pará. Apuí e Lábrea são os municípios mais afetados, com 2.607 e 1.369 focos, respectivamente.

A qualidade do ar nas cidades de Manicoré, Humaitá e Novo Aripuanã está classificada como “muito ruim”, com níveis de material particulado (PM2.5) variando de 121,4 a 389,5.  Manaus também enfrentou condições críticas, com qualidade do ar variando entre “péssima” e “muito ruim” no último fim de semana.

Os dados mostram um aumento significativo nos focos de calor, com 50.221 registros em sete meses. Apuí, Lábrea e Novo Aripuanã estão no topo da lista de municípios com mais focos de calor.

O artigo do Earth Observatory da NASA destaca que a fumaça é visível na divisa entre Amazonas e Pará e relaciona a situação ao desmatamento e às queimadas. A NASA observa que a ação humana, combinada com o aquecimento global, intensifica as condições secas e facilita a propagação dos incêndios.

Os cientistas da World Weather Attribution indicam que o aquecimento global tem exacerbado a seca na região, tornando os incêndios mais frequentes e devastadores.


* AM POST

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