LÍDER DE OPOSIÇÃO IRÁ ASSUMIR PRESIDÊNCIA DA VENEZUELA EM JANEIRO
Na noite dessa segunda-feira (13), a líder da oposição María Corina Machado, afirmou que Edmundo González irá assumir a presidência da Venezuela no começo de janeiro de 2025, quando termina o mandato do atual presidente, Nicolás Maduro. Em entrevista a um canal de televisão, Machado destacou que a transição dependerá da mobilização dos venezuelanos, tanto dentro quanto fora do país, ressaltando a importância da manutenção da força e organização demonstradas nos últimos meses.
A declaração ocorre em meio ao impasse pós-eleitoral no país, após as eleições de 28 de julho, que foram marcadas por controvérsias e acusações de fraude. O Conselho Nacional Eleitoral (CNE), alinhado a Maduro, anunciou a reeleição do presidente com 52% dos votos, mas o resultado foi contestado pela oposição, que reivindica a vitória de González com 67% dos votos. A oposição baseia sua alegação em atas digitalizadas que teriam sido acessadas por representantes presentes nos locais de votação.
Desde o pleito, a situação política na Venezuela tem se agravado. Maduro, que nega qualquer irregularidade, intensificou a repressão contra os protestos oposicionistas e solicitou aos poderes venezuelanos que atuem “com mão de ferro” contra os críticos de seu governo. A pressão internacional também aumentou, com países como Estados Unidos e membros da União Europeia reconhecendo González como vencedor.
O clima de tensão ganhou um novo capítulo com a reportagem do jornal “The Wall Street Journal” do último domingo (11), que sugeriu a existência de negociações entre Washington e Caracas para uma possível anistia a Maduro, caso ele aceite deixar o poder. Contudo, a Casa Branca negou qualquer oferta específica desde as eleições, sem descartar por completo as informações sobre negociações prévias.
A oposição, por sua vez, se disse disposta a garantir proteção a Maduro caso ele aceite uma transição de poder gradual, proposta prontamente rejeitada pelo presidente venezuelano. Enquanto o impasse se prolonga, a oposição insiste na divulgação das atas eleitorais pela Justiça venezuelana, documento crucial para esclarecer o resultado oficial das eleições. A Suprema Corte do país iniciou uma auditoria das eleições, mas a oposição e diversos países, incluindo o Brasil, já expressaram desconfiança sobre a legitimidade do processo.
Com a data de 10 de janeiro se aproximando, a oposição intensifica seus esforços para garantir que o novo presidente, segundo eles, Edmundo González, assuma o cargo, enquanto Maduro continua a resistir às pressões internas e externas.
*Fonte: Portal Tucumã
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