CONDENAÇÃO DE ROBINHO DIZ QUE JOGADOR FOI PRIMEIRO A VIOLENTAR VÍTIMA E FALA EM HUMILHAÇÃO; LEIA TRECHOS

Robinho pode estar de saída do Milan Foto: OLIVIER MORIN / AFP

O Santos anunciou neste sábado o retorno de Robinho, mas diferente das suas outras passagens pela Vila Belmiro, o atacante desta vez trás consigo uma condenação por estupro. O brasileiro foi julgdo pelo ocorrido em 2013 na Itália, e em 22 de fevereiro de 2018, o diário milanês “La Repubblica” publicou trechos da condenação de 9 anos do jogador.

A publicação aponta que os juízes da nona seção do Tribunal de Justiça de Milão afirmam que Robinho expressou "um desprezo absoluto pela condição de vítima" da violência sexual. O atacante teria cometido o crime em uma boate na época em que defendia o Milan, e foi sentenciado junto com um amigo.

Um trecho da condenação afima que Robinho teria sido o primeiro a violentar a vítima e depois a "cedeu" à amigos:

"A moça albanesa comemorava seus 23 anos com amigas. Segundo a reconstituição, o jogador foi o primeiro a violentar a jovem que, devido ao álcool, não estava em condições de se opor a seu amigo, de 35 anos, que a constrangeu a ter relações. Os dois depois cederam a vítima a quatro amigos que, até aquele momento, tinham assistido a tudo sem interferir", diz a publicação, baseada na reconstituição dos juízes.

Durante o julgamento que ocorreu em 2017, as autoridades concluiram que Robinho humilhou a vítima e tinha certeza da impunidade, a partir das escutas telefônicas realizadas como parte dos registros da investigação.

“Deve-se dar relevo particularmente negativo ao tom e às expressões usadas ao comentar o incidente, ao descrever a moça com epítetos humilhantes, sinais inequívocos de preconceito e portanto consciência de uma futura impunidade. Esta consciência levou o acusado até mesmo a rir várias vezes do acontecido, evidenciando assim um desprezo absoluto pela condição de vítima, exposta a repetidas humilhações, bem como atos de violência sexual através de abusos particularmente invasivos", disseram os juízes.

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