NANDO MONTENEGRO TRANSFORMA A AMAZÔNIA EM MÚSICA
Manaus – Cantor e compositor, o amazonense Nando Montenegro encontrou, na música, a paixão e um mundo onde é possível explorar o imaginário criativo. Aos 23 anos, a carreira artística dele ‘’decola’’. Além de Manaus, ele já passou por diversas regiões brasileiras e estrangeiras, como Portugal e Inglaterra. Atualmente, ele busca em São Paulo as outras etapas dessa jornada.
Um dos projetos mais recentes de Montenegro, Batuc Banzeiro, é fruto de estudos e viagens que ele percorreu pela Amazônia, de acordo com o artista. Com foco em manifestações artísticas tradicionais da região, a experiência também rendeu autoconhecimento e amadurecimento musical.
“Podemos aprender muito com a imensidão da Amazônia, cuidando dela e ouvindo as pessoas que a conhecem e guardam’’, ressaltou o músico.
Nando Montenegro, mesmo sendo o único músico da família, afirma que herdou a paixão pela arte – e que a arte sempre esteve presente na vida dele.
Foi em casa também, pelas paredes dos quartos, que ele teve contato pela primeira vez com a delicadeza da arte. Observando os quadros da mãe, Montenegro notou como a sensibilidade do artista pode ser evidente em suas obras, e a figura materna se tornou a maior influência e o maior incentivo que ele se entregasse à arte.
“Nesse contexto, depois de ter parido meu corpo, ela pariu também meu ‘eu artístico’. Já não mais só música, ou quadro, ou poesia: a vida’’, contou o músico.
Caetano Veloso e Gilberto Gil, “com suas tropicálias e ideia de misturar o regional com algo a mais’’, são algumas das inspirações para a música de Nando Montenegro.
No trabalho mais atual do artista, o Batuc Banzeiro, as principais referências têm sido as canções dos brasileiros Patrícia Bastos, Luedji Luna, Metá Metá, e Castello Branco.
Carreira em ascensão
Os pontos altos na carreira de Montenegro, de acordo com o músico, ainda não aconteceram. “Humildemente, sinto que ainda vou conhecê-los’’, ponderou o artista.
Mas, alguns momentos de orgulho para o cantor, envolvem uma viagem à Portugal e à Inglaterra, onde ele se apresentou e gravou duas músicas.
“A experiência me transformou como indivíduo e como artista. Depois disso, só quis saber do Brasil e da nossa cultura, e acho que foi o melhor que poderia me acontecer’’, ressaltou.
Outro ponto alto, consequência do primeiro, foi desenvolver um trabalho, que abala Montenegro intensamente, e em todos os sentidos. ‘’Viajar pela nossa terra, fortalecer minhas raízes, aprender com a Amazônia e sua gente, e manifestar isso em minha arte, é o ponto onde eu preciso estar na minha carreira agora’’.
O último show presencial que Montenegro realizou foi algo muito significativo para ele, conforme ele revelou.
“Aconteceu em janeiro deste ano, em Manaus. O evento chamava-se ‘Som de Banzeiro’ onde o Batuc dividiu o palco com o Sindicato dos Artistas Carentes. Foi uma apresentação intimista com poesia, todos sentados, o silêncio, a música e muito carinho por todos os presentes’’, relembrou o músico.
Os próximos planos na carreira de Montenegro envolvem continuar a produção do EP do Batuc Banzeiro, com lançamento previsto para o primeiro semestre de 2021, acompanhado de produções audiovisuais sobre os assuntos e pessoas que inspiram as músicas.
Em tempo*
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