ESTREIA DE FILMES AUMENTA BUSCAS NO GOOGLE PELO CASO RICHTOFFEN EM 350%

 


Lançados na última sexta-feira, os dois filmes do diretor Maurício Eça, contam duas versões do crime ocorrido em outubro de 2002, a morte violenta do casal Richtoffen, e usam como estrutura narrativa o julgamento dos três assassinos confessos. Cada filme traz os personagens centrais contando suas versões: em 'A Menina que matou os pais', Daniel é mostrado como um filho atencioso, esforçado e quase ingênuo que se deixa levar por Suzane, enquanto em 'O Menino que matou meus pais', surge como uma influência destrutiva sobre a namorada, além de abusivo, oportunista e manipulador.

Para o crítico de cinema Pablo Vilaça, a postura no julgamento, assim como as aparições em entrevistas exibidas após o crime, é tão artificial que é impossível levar a sério a caracterização de ingenuidade ver Suzane usando um terço nas mãos, orando, e usando várias palavras no diminutivo para soar arrependida e inocente.

Os dois filmes descrevem os pais de Suzane como esnobes, elitistas e arrogantes, o casal vê a aproximação da filha com a família ‘Cravinhos’ como uma tragédia, por serem pessoas de baixa classe social. Os Richthofen são pais frios e distantes que podem até ter momentos de maior aproximação com os filhos, mas de modo geral não parecem ter amor pelos filhos, preocupados apenas com a projeção social que deveria ser alcançada por estes, que deviam seguir uma rígida disciplina que os mantenha em seu lugar elevado na hierarquia econômica e social.

*PORTAL DO HOLANDA

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